domingo, junho 21

Não consigo perceber...

Existe algo que me supreende neste Portugal à beira-mar plantado.
Recordo apenas 2 ou 3 situações em que nos mobilizámos a bem de uma causa (por exemplo, parámos e vestimo-nos de branco por Timor). Embora o resultado prático destas acções, nem sempre seja directo ou imediato, os mesmos demonstram união e consenso na opinião dos portugueses, legitimando a posição do país nesses assuntos.
Também somos dos países desenvolvidos com menor número de patentes e invenções registadas.
No entanto, conseguimos inventar situações para mobilizarmo-nos para as causas mais improváveis e que dificilmente acrescentam valor ao país.
Não sei qual será a nossa posição no Livro de Recordes do Guinness, mas não devemos estar muito em baixo (embora a estupidez no resto do mundo seja considerável...).

Ao efectuar uma pesquisa no google (na área das notícias) por "Guinness Record Portugal"descobrimos:
- Portugal no mapa das corridas de saltos altos, 2009-06-18
- Maior pic-nic do mundo, o maior aplauso do mundo e o maior caixote do lixo do mundo
, 2009-06-18
-
200 mil quilómetros em autocaravana, 2009-06-18
- 268 t-shirts em simultâneo, 2009-05-23

- Maior Pai-Natal marioneta - a maior concentração de pais natal, o maior bolo rei, o maior pastel de tentugal, a maior broa de milho, a maior árvore de natal, etc..

Com tanta inspiração e mobilização não consigo perceber como é que estamos na 30ª posição do índice de competitividade tecnológica.

sexta-feira, junho 19

quinta-feira, junho 18

Sozinho em casa (não a sequela III do filme que dá na televisão todos os natais)



Há mais de 15 anos que deixei de viver na casa dos meus pais.
Neste período, já vivi em 9 casas e tive 20 companheiros/as, sem contar com igual número (ou superior) de penetras.
Nunca vivi sozinho.
Talvez nunca tenha calhado. Talvez nunca tenha querido.
Agora calhou.
Vou experimentar.
O pior que pode acontecer é voltar a "juntar".

domingo, junho 14

Adolfo Dias coroado a Rei

Ontem, tal como previsto fomos festejar o Santo António para um beco na Mouraria. A festa era organizada por um amigo de um amigo de uma amiga minha. Não existia organização, nem lista de convidados. O pessoal só tinha instruções para aparecer com álcool e algo para comer. A "organização" tinha o fogareiro a trabalhar e recipientes com gelo para mergulhar as bebidas frescas: um contentor e a banheira da casa-de-banho.
Os "convidados" iam chegando e mergulhando packs de cerveja no gelo. A carne/sardinhas foram sendo empilhadas junto ao fogareiro, que iam sendo diligentemente assadas por "um bom samaritano".
Por volta das 23.00, com a maioria dos "convidados" (150/200?) bem bebidos, o dono da casa montou um palco com uma bateria, microfone e uma guitarra. O concerto iniciou... um pouco ao jeito de "Kusturica".
O espectáculo estava montado... o concerto inicia ... e o meu amigo Adolfo Dias salta para a 1ª fila.
30 minutos depois, consegue, finalmente, "agarrar" o microfone.
Foi um autêntico massacre. O palco foi "assolado" pelo maior reportório pimba que um ser humano já alguma vez presenciou. O público regozija com tamanha avalanche musical. Quem conhece o Adolfo Dias ria e dançava sem parar, incentivando o "artista". O restante público dividia-se entre os aplausos e o olhar atónico: "É impossível!"; "Este Homem é uma força da natureza ... pimba!"; "De onde surgiu este animal de palco?"
No final, o GRANDE ADOLFO DIAS cantou a última canção (Santo António já se acabou, O São Pedro...) já carregado aos ombros dos presentes.
Depois desta actuação nada será como dantes. O Quim Barreiros terá de se reinventar. O Dino Meira deve ter dado várias voltas no caixão. O Emanuel vai mudar de nome para Manuel.
E, enquanto os vídeos não surgem no YouTube, podemos sempre recordar o grande classico de Adolfo Dias, gravado há dois anos, na sua componente romântica: "Taras e Manias".

sexta-feira, junho 12

Recordações de uma Noite de S.António

foto: a.
modelo: s.

2006-07-06

A noite de S.António está tornar-se uma tradição...
Lembro-me de que nos meus primeiros anos em Lx a festa de S. António era algo que me passava totalmente ao lado. Tinha a imagem dos bailes da "aldeia" que sempre detestei.
Lembro-me de ... um ano ter dormido várias horas no carro estacionado na Guerra Junqueiro, pois tinha emprestado a chave de casa ao m. e ele tinha ido para o S. António.
Lembro-me ... da primeira vez que fui matar a curiosidade: desci a avenida das marchas e fui espreitar alfama. Fiquei preso na multidão humana junto à cerca romana. Desisti, desci, comi uma sardinha no pão e fui embora.
Lembro-me ... do ano em que estive com a TD e a PL junto à clássica varanda do "Grupo Excursionista Vai-Tu" a ouvir Quim Barreiros.
Mas ... o ano em que "a coisa explodiu" foi em 2006. Em pleno Mundial 2006. A festa durou duas semanas, num vai/vem entre a Bica e Alfama. Acho que nunca bailei tanto na vida. A noite de S.António foi passada apenas na bica. Bailámos das 22.00 às 6.00. No início, eramos um grupo de 10, mas quando chegou o grupo dos veterinários passámos a 20.
Nos anos seguintes, deixámos a Bica e assentámos arraias em Alfama.
Este ano a noite S.António sera na Mouraria... depois conto como foi...

quinta-feira, junho 4

Trabalhar: em rede? com rede? ou sem rede?


Hoje duas colegas de trabalho, em momentos distintos, perguntaram-me:
«Está tudo bem comigo? Pareces chateado com alguma coisa!».
É difícil responder que sim porque "não estou chateado com nada em concreto".
É difícil dizer que que não: «porque não me sinto bem. Ando preocupado. Sinto-me frustrado."
Não tenho conseguido arranjar tempo para fazer as coisas à minha maneira.
Gosto de sentir o domínio dos acontecimentos e não apenas reagir à sua ocorrência.
Não que as tarefas estejam a correr mal, mas o ritmo e a perfeição com que as mesmas são executadas não me satisfaz.
Sinto a necessidade de impor um ritmo elevado.
As coisas têm de acontecer!
É necessário concretizar! Resolver! Reencaminhar! Desbloquear! Analisar! Corrigir! Limpar!

Acho que não ando chateado. Estou simplesmente centrado na tarefa.
Talvez demasiado na tarefa e pouco na relação.
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terça-feira, junho 2

Chegar cedo...

Esta semana ando de transportes públicos. Tem algumas desvantagens demoro mais uma hora na viagem do que os habituais 15 minutos. No entanto, consigo chegar mais cedo a casa. Assim arranquei as ervas daninhas que tinha andado cuidadosamente a separar e a colocar em vasos individuas... deitei fora o fogareiro pois abateu o fundo no último jantar e fui abater 30 minutos de gramas.