Não sei qual é a origem desta expressão popular... mas gosto dela.
Embora faça uma interpretação mais "lata" do seu significado. Para mim "andar aos papéis" não significa andar "perdido", mas sim, "vestir" um papel.
Na vida assumimos determinamos papéis. Começamos com o papel de filho e terminamos com o papel de morto. Pelo caminho, vamos percorrendo e acumulando papéis: de amigo, de aluno, de namorado, de cliente, de empregado, de patrão, de pai, de avô, de doente, de atleta, de desconhecido, etc.
Este papéis surgem, normalmente, do acaso e nem sempre nos perguntam: «se os queremos desempenhar».
Podem aparecer quando não os desejamos e desaparecer quando nos habituámos a eles.
Toda a nossa vida é este intenso "andar aos papéis".
O que me custa não é "andar aos papeís", mas sentir-me desconfortável por ter de desempenhar alguns deles.
E quando isto acontece só existem 4 soluções:
- a radical: rasgar o papel;
- a conformista: aceitar o papel;
- a esperançosa: esperar que o vento do acaso leve esse papel;
- a enganadora: mudar a opinião que temos sobre esse papel.
Ainda não decidi qual a solução para alguns dos meus papéis e enquanto isso não acontecer ... vou continuar a optar pela ... "conformista".
terça-feira, fevereiro 10
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3 comentários:
Buda
excelente post!
à tua sábia interpretação acrescento apenas que qualquer das soluções, desde a mais radical à mais conformista, depende apenas da decisão do indivíduo e cada um de nós tem esse poder único, o de decidir sobre os papéis que desempenha, em que momento e sobre o seu caminho. e isso faz toda a diferença.
quanto ao papel inicial, só não concordo que seja o de filho, antes disso é o de "vivo" e só depois o de filho - nalguns casos, infelizmente, esse é um dos que mais custa a assumir por todos os "stakeholders".
abraço e continua com as postagens que este é um dos meus blogues must.
Ah por puro esquecimento ainda não o adicionei nos blogues que sigo, mas hoje à noite tratarei do caso.
ab - tartaruga
Pedro.
Excelente Post.
Desde que o assumamos de corpo e alma, a conformidade :) desse papel (eu "tb" me revejo no mesmo papel que o teu ... apesar de muitas vezes o desejar rasgar) certamente nos tornará mais felizes. E que melhor que a "quest" continua da procura do nosso verdadeiro papel ...
Abraço.
Nuno Freitas.
Como já te disseram - GRANDE POST!
A maior parte das vezes não somos nós que os escolhemos são eles que nos escolhem, ou se calhar são os que estão disponíveis.
Talvez sejamos simples Marionetas de seres que jogam connosco e nos vão escolhendo os papéis que acham mais interessante para que o seu jogo decorra da melhor forma. Ou talvez um dia descubram que a culpa é exclusivamente do nosso DNA.
Um abraço.
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