Pensamentos de autocarro

Hoje foi dia de transportes públicos.
Durante uma viagem de uma hora dá para reparar e pensar em muita coisa. O primeiro "reparo" é a construção de um recinto para o Delta Tejo em Monsanto. O local é igual ao dos anos anteriores, mas com a diferença que este ano terraplanaram todo o terreno. O recinto terá melhores condições para o festival é certo. Melhores condições para um terreno que é um espaço que é regime florestal é que já tenho mais dúvidas.
Mesmo não querendo ser um "velho do restelo" tenho algumas dúvidas da utilidade ou necessidade de transformar aquela área, desafectando-a do uso florestal e usando-a para uso lúdico durante 3 dias.
Julgo que o terreno era um antigo hipódromo e que nunca primou pela riqueza florestal, mas antes da plantação de monsanto todo o terreno era assim e hoje é aquilo que conhecemos. Para quem não conhece a história de Monsanto aconselho uma visita ao espaço monsanto para ver as fotos que lá estão afixadas.
Talvez o aluguer do espaço renda ao parque uma importante verba que permita a sua conservação. Para quem não sabe tem existido acções de plantação de algumas espécies de modo a evitir a monoculturas existentes nesse parque: pinheiros.

Já agora o festival até vai ter um carrocel. Esta coisa de misturar música e carrocéis também me irrita. Mas isso fica para outro dia...

Ainda sobre monsanto no sábado fui dar uma corrida/passseio a monsanto e vi pela primeira vez um esquilo. Sabia que existiam mas nunca os tinha visto. Um pouco mais à frente vi outro esquilo. E depois julgo que voltei a vez o primeiro. A altura do ano deve ser propícia para a sua observação uma vez que andam a comer as pinhas de pinheiro manso ainda novas. Estes nem esperam pelos pinhões.